Recuperação de Área Degradada

Esse é um artigo sobre Recuperação de Área Degradada e iremos falar sobre os conceitos de área degradada e modelos de recuperação.

Então vamos começar dentro dos conceitos de áreas degradadas…

Este é um conceito que fica bem próxima do conceito de área alterada ou a perturbada.

Antes de mais nada, é importante lembrar que são duas coisas distintas, são totalmente diferente.

Recuperação de Área Degradada: Conceitos

Áreas Alteradas

Assim, uma área alterada é aquela que ainda tem recursos naturais suficientes para poder se recuperar.

Então numa área alterada os danos não foram tão intensos, e essa área pode a curto ou médio prazo se recuperar.

Por exemplo, você não tem:

  • A perda total dos recursos hídricos,
  • A alteração total das características do solo,
  • A perda total da vegetação, etc.

Área Degradada

As áreas degradadas, a situação é um pouco mais complexa.

Essas áreas sofreram impactos tão grandes, alterações tão intensas, que não consegue naturalmente se recuperar.

Ou seja, elas precisam de uma intervenção antrópica para que possa se recuperar.

A recuperação de área degradada não consegue ser natural, isto é, por conta própria.

Os impactos ambientais foram muito intensos e o ecossistema em questão não tem força nem capacidade de se reestruturar sozinho.

Recuperação de Área Degradada: Próximos Passos

Logo após sabermos as diferenças essas áreas, temos agora que tomar algumas ações de recuperação para poder reestruturar aqueles ambientes.

Existem três tipos diferentes de ações que nós podemos desenvolver para que se tenha a recuperação de área degradada.

Recuperação de área degradada, restauração ambiental e, reabilitação ambiental, vamos a elas:

Recuperação de Área Degradada

É restituir uma situação sem que ela seja necessariamente igual à original.

Você vai tentar recuperar a área, mas não precisa necessariamente transformá-la numa área exatamente igual à original, pode haver diferenças.

Recuperação de Área DegradadaRestauração Ambiental

A restauração ambiental é um pouco mais complexa e exige mais trabalho.

Desse modo, você propõe deixar o ambiente como o original, nas características mais próximas possíveis do ambiente original.

Recuperação de Área DegradadaReabilitação Ambiental

Essa ação é diferente das duas primeiras, você faz uma restituição no ambiente mais pensando na ação humana.

Esse pensamento na ação humana, aliás, está previsto no novo código florestal.

Dessa forma, o novo código florestal propõe, para algumas áreas, que você pode fazer reabilitação vegetal do local, mas pode pensar nela para fins econômicos.

Só para exemplificar, vamos dizer que eu sou um produtor rural e que eu tenho na minha área uma pequena nascente.

No entanto, eu perco o controle dela com o pisoteio do gado, com a falta de vegetação, não tem mata ciliar para proteção.

Quais são as vantagens que eu tenho, enquanto produtor, em fazer uma recuperação dessa área?

Em primeiro lugar, o produtor tem que pensar que os benefícios são além de ambientais, são benefícios econômicos.

Preservar aquela nascente ele não vai perder aquele recurso tão importante que é a água.

Nesse sentido, ele pode levar em consideração, quando a gente trabalha no campo, por exemplo, aos recursos do solo.

Já que, você tem uma maior produtividade, maior fertilidade do solo, reduz os impactos associados a pragas, quando você tem uma vegetação natural.

Por fim, podemos ter um aumento da melhoria da produtividade animal e com isso, um aumento da implementação da renda do produtor.

Recuperação de Área Degradada: Etapas para Recuperação

Certamente, etapas podem variar muito de autor para autor ou de instituição para instituição.

Inegavelmente são algumas etapas que precisam estar propostas no seu plano de trabalho, no seu Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD).

Então, quando a gente trabalha comparação de áreas degradadas, alguns passos precisam ser seguidos para que você tem uma eficácia real no final das contas.

          1. Interrupção do Fator da Degradação

O pisoteio de animais numa nascente é o fator, então, primeira coisa a fazer é cercar aquele local e evitar que o gado passe.

Se acaso, o problema é uma grande quantidade de chuva que faz carreamento do melhor solo, faça o direcionamento desse escoamento.

Caso a área sofra queimadas frequente, você precisa pensar em meios para evitar que esse fogo atinja aquele local.

O que deve ser feito é estabelecer à interrupção da causa a degradação.

          2. Análise do Solo

Tem que levar em consideração uma análise bem criteriosa do solo.

De fato, uma análise do solo para determinar níveis de nutrientes minerais, granulometria, o mais completo possível.

Você precisa entender como estão às propriedades do solo em questão, para que se tomem as medidas corretas ao solo.

Nesse sentido, uma das necessidades pode ser uma calagem, uma subsolagem, a aeração do solo no local da recuperação de área degradada.

          3. Seleção da Metodologia

Isso vai estar relacionado principalmente à recomposição da vegetação do local.

Dessa forma, alguns autores propõem alguns modelos que podem ser implantados no processo de recuperação de áreas degradadas.

          3.1. Recuperação de Área DegradadaRegeneração Natural

É quando você deixa o ambiente estabelecer-se daquilo que foi prejudicado, que foi degradado.

Pra que esse método seja utilizado, temos que levar em consideração alguns critérios, com por exemplo:

  • O solo não pode estar compactado;
  • Deve existir um banco de semente na área de espécies remanescentes;
  • Tem que estar próximo a uma área florestal, com vegetação nativa;

Nesse sentido, essa característica de regeneração natural tem que ter bastante estudada.

Quando os casos de degradação forem muito intensos ela não é muito eficaz.

          3.2. Recuperação de Área DegradadaPlantio de Mudas

É provável que esse método seja talvez o mais utilizado, mais escolhido método de recuperação.

Ele consiste basicamente no plantio de mudas na área que foi degradada.

Esse plantio pode ser aleatório ou seguindo linhas, onde geralmente se utiliza espaçamentos variados.

Alguns deles são 2X2 metros, 3X2 metros, varia bastante no número de mudas que se quer por hectare.

Dessa maneira, esse processo leva em consideração as mudas já pré-estabelecidas no local.

Assim, você já consegue meio pré-definidos estabelecer metas para atingir algumas determinadas alturas ou uma área de cobertura maior.

          3.3. Recuperação de Área DegradadaSemeadura

Assim como o plantio de mudas, o plantio de sementes pode ser de forma aleatória e também utilizar o plantio de sementes em linhas.

Além disso, esse método pode ser de forma manual ou de forma mecânica.

          3.4. Recuperação de Área DegradadaAdensamento

O adensamento é utilizado quando existem falhas na vegetação, e quando você quer restabelecer uma área.

De tal forma, preencher alguns espaços vazios com cobertura vegetal de espécies, geralmente nativa e aumentar a chance de regeneração daquele local.

Uma de suas funções é acelerar a cobertura do solo por espécies nativas e aumentar a chance da regeneração natural para suprimir espécies indesejáveis.

Outra característica desse sistema é melhorar as condições do solo, dando condições de aumentar a diversidade em áreas distantes de remanescente de vegetação nativa.

          3.5. Recuperação de Área DegradadaEnriquecimento

É utilizado quando você ainda tem algumas características originais e manteve a um grau intermediário de dano, de degradação.

Então, para utilizar o que nós chamamos de enriquecimento nós vamos utilizar mudas de espécies nativas.

São utilizadas mudas em estágio de desenvolvimento ou utilizadas também sementes para fazer esse enriquecimento.

          3.6. Recuperação de Área DegradadaNucleação

O método de nucleação leva em consideração a melhoria do ambiente do ponto de vista da utilização de outras espécies.

É realizado uma regeneração em um pequeno espaço e utiliza nessa processo, espécies geralmente que são atrativas de outros animais.

Podem servir como poleiros, como espaço para ninhos, que podem servir de alimento para algumas espécies animais.

          4. Seleção das Espécies

Escolha de espécies utilizadas no local, ao mesmo tempo, que você tá recuperando uma área degradada você tem que chegar o mais próximo do natural.

Com isso em mente, seria interessante se você utilizasse somente espécies nativas e endêmicas.

Além disso, alguns autores sugerem utilizar cerca de 15% de cada espécie vegetal e, nunca ultrapasse esse total.

          5. Monitoramento e Avaliação

Essa é uma etapa importantíssima feita em períodos bem calculados e que não sejam muito longos.

A princípio, o monitoramento determina se está atendendo as necessidades do ambiente, se o que você propôs, no seu projeto está sendo a realmente realizado.

É importante observar:

  • se as mudas estão com a quantidade de água necessária para o seu desenvolvimento;
  • se estão com crescimento dentro do padrão esperado;
  • se não existe interferência externa nesse ambiente.

Sobretudo, esse monitoramento é extremamente importante porque se consegue acompanhar o desenvolvimento de todas as suas ações.

          6. Área Recuperada

É a confirmação do resultado positivo das ações previstas para determinar a recuperação da área.

É quando ela consegue de forma natural sustentar-se e, quando as características biológicas do local são mantidas em equilíbrio.

Por fim, uma área foi recuperada quando os componentes bióticos e abióticos encontram-se restabelecidos e não precisam mais de ação externa.

(Créditos: Adriano Romano)

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